Resumo Capítulo 2
Sistemas e subsistemas-
zoológico
Um sistema com feedback
regulatório é um sistema capaz de manter o estoque em um nível alto suficiente que consiga
suprir a demanda de vendas. Como exemplo,
um revendedor de carros precisa manter um inventário devido a variação
das vendas durante o período de alguns dias. Necessita também da presença de um
inventário extra caso ocorra atrasos nas entregas por parte dos fornecedores.
Dessa forma é preciso realizar o pedido a fabrica com cobertura de alguns dias
para que ele possa atender seus clientes.
No caso de vendas de
veículos existem foi mencionado 3 atrasos típicos no modelo. Atraso na percepção
das vendas de forma intencional, é realizado o cálculo das médias das vendas
nos cinco últimos dias. O segundo atraso é um atraso na resposta mesmo tendo a
necessidade de ajuste nos pedidos, é feito ajustes parciais nos pedidos não
realizando-o de uma só vez. É uma maneira de perceber a tendência real nos
estoques. O terceiro atraso é na entrega, o fornecedor leva alguns dias para
perceber o pedido feito e processá-lo para atender a concessionária.
Esse sistema possui 2
loops de balanceamento. Quando o sistema sofre um salto de 10% nas vendas devido
ao aumento de clientes ocorre oscilações. O estoque pela presença demanda dos
clientes. É realizado um novo pedido de veículos, porém como leva um certo
tempo para chegarem o estoque decresce
mais e consequentemente aumenta-se o número de pedidos. Quando os produtos
chegam o estoque se recupera, porém como pediu fez muitos pedidos devido a
incerteza da tendência real fica produtos demais. Devido a isso passa a pedir bem menos, deixando o estoque baixo
novamente. Existem oscilações no estoque devido ao fato de não saber o que vai
acontecer, acaba resultando em pedidos em excesso ou estoque baixo, isso inclui
também os pedidos antigos que estão chegando. Existem maneira de amortecer
essas oscilações que são ocasionadas não pelo negociante, mas por causa dos
atrasos físicos, também por falta de informações oportunas e quais serão as
ações dos clientes.
Essas oscilações são
intoleráveis, reduzindo o tempo de percepção a concessionária para fazer o
pedido de 5 para 2 dias não adianta muita coisa. Se reduzir o tempo de reação afim
de compensar déficits em 2 dias em vez de 3 o cenário piora gerando oscilações
com picos maiores. Parte desse problema é a rapidez com o vendedor de veículos
age. Se o atraso em vez de 3 dias fosse 6, o sistema teria amortecimento nas
oscilações e teria o equilíbrio eficiente. O atraso em destaque é o atraso na
entrega da fábrica.
A alteração de atrasos
em um sistema pode facilitar ou dificultar o gerenciamento do mesmo. Deve-se
saber sobre um atraso o lugar onde
ocorrem, a duração de tempo, tipo de atraso(fluxos de informações ou processos físicos).
Estes são fundamentais para o estudo detalhado do comportamento dinâmico do
sistema. Alguns atrasos são alavancadores,
destaca-se que alongá-lo ou encurtá-lo pode ser vantajoso dependendo do
sistema. o atraso analisado em longa escala pode afetar outros setores da
economia, gerando mais emprego ou menos. É necessário o loop de reforço para
que se tenha controle sobre pedidos e produções afim de que não afetem o
mercado de forma negativa.
Os atrasos e oscilações
em um sistema muito grande conectando indústrias é a principal causa de queda
dos negócios. Os presidentes podem intensificar ou facilitar os negócios e
controlar as crises mas, a economia é um sistema complexo e está repleta de
loops de feedback que equilibram os atrasos.
Sistemas de dois estoques
Os sistemas
apresentados até agora não possuem restrições que são impostas pelos arredores.
Um estoque de capital não necessitava de matéria - prima, a população não
precisava de comida. Portanto esses sistema foram capazes de operar simplesmente
com a sua dinâmica interna. Mas qualquer sistema real troca coisas com o
ambiente que o envolve. Por exemplo, uma corporação precisa de suprimento de
energia e materiais além de trabalhadores e clientes. Uma população precisa de
água, nutrientes, assistência médica, etc. Assim precisa de um local para
colocar seus resíduos ou transportá-los, ou seja, há o surgimento de restrições
que assumirá a forma de equilíbrio do loop, fortalecendo a entrada ou a saída.
Quando uma entidade está em crescimento sempre
procura-se loops de reforço que dirigem
os loops de balanceamento que acabarão restringindo os loops anteriores. Os
recursos que fornecem a entrada de um estoque, uma restrição de poluição por
exemplo, pode ser renovável ou não. No primeiro o ambiente possui capacidade de
remoção do poluente e no segundo não
possui capacidade de absorver o mesmo.
Um sistema crescente
pode ter seus limites de forma
temporária ou não. Ele pode achar maneiras de como contornar esses limites seja
a curto prazo ou longo prazo. Com certeza existirá uma certa acomodação para
com esse processo, ou seja, o sistema se ajustando com a restrição.
Um sistema de capital
como na figura 37 que ganha dinheiro extraindo recurso não renovável. Esse
modela usa lucro em vez de impulsionar a saída. O ciclo de equilíbrio agora é
impulsionar a depreciação. Quanto mais equipamentos, máquinas e refinarias se
depreciam, mais reduz o estoque de capital. Assim, nesse exemplo os
equipamentos se depreciam em 20 anos, ou
seja, 5% das ações são retiradas a cada ano. Dessa forma vemos o ciclo de
reforço, quanto mais capital, maior extração de recursos e maior o lucro nos
quais podem ser investidos novamente.
A renda nesse modelo é
o preço do petróleo multiplicado pela quantidade de petróleo extraído. O
rendimento do recurso por unidade de capital não é suposto constante. Como o
recurso não é renovável, não há entrada, consequentemente o barril de petróleo
que virá será mais difícil de se obter. Precisará de técnicas mais caras e mais
trabalho pois a extração é mais profunda. Esse é um ciclo de feedback de
balanceamento que realizará o controle sobre o crescimento do capital. Mais
capital, maior será a taxa de extração do petróleo e posteriormente menor será o estoque de recursos e menor
o rendimento dos mesmos por unidade de capital. Menor será o lucro considerando
o preço constante e portanto menor o investimento. A reposição dos recursos
alimenta os custos operacionais e também o capital de eficiência.
O exemplo de petróleo
citado no livro consistem em um sistema que contém óleo suficiente para um
período de 200 anos. Devido ao efeito exponencial na taxa de extração, o
sistema atinge um pico de 40 anos. O estoque de capital possui uma taxa de 10%
ao ano, a taxa de extração crescendo 5% ano. Depois de 28 anos, no qual 14 anos
anteriormente foi dobrada a extração, a taxa de capital foi quadriplicada e
consequentemente a extração começa a ficar lenta devido a queda no rendimento.
O custo do estoque de capital no ano
50 ultrapassa a receita resultando nos lucros
que não são mais suficientes. Assim, foi mantido o investimento até antes da
depreciação. O restante do recurso fica no solo pois não compensa retirá-lo.
Se um recurso original
for maior por exemplo, cerca de duas a quatro vezes, haverá um diferença de
somente 14 anos na extração de petróleo,
considerando a taxa máxima de extração. Quanto mais alto e mais rápido acontece
o crescimento, mais rápido será a queda levando em conta o uso de um recurso
não renovável. Este visando o crescimento exponencial da extração, fornece pouco tempo
adicional para que sejam desenvolvidas
alternativas. Visando o ganho de capital possível utilizando a taxa máxima, o
tamanho do recurso disponível é o que se destaca. Já se for a vida útil do
trabalho o mais importante, deve-se se preocupar com o tamanho dos recursos
e taxa de crescimento de capital
desejada(um ciclo de feedback crucial).
Na figura 40 é mostrada
o desenvolvimento da taxa de extração variando de 1, 3, 5 até 7%. Considerando
o suprimento de 200 anos, o pico de fornecimento é atingido em 40 anos. Agora
supondo a variação no preço do produto, considerando sua escassez há o aumento
acentuado no preço dele. Dessa forma aumenta-se o lucro da empresa e o estoque de capital continuará crescendo.
O recurso pode se
esgotar, de acordo com a dinâmica desse
esgotamento quanto maior o estoque dos recursos iniciais, maior será a
quantidades de novas descobertas, mais ciclos de crescimento e controle e maior
o estoque de capital e aumento da taxa de extração. Mais rápido o crescimento,
mais rápida será a queda.
Estoque renovável limitado por um estoque renovável —Uma economia pesqueira
Considerando um sistema de capital com entrada no estoque dos recursos, dessa forma
se torna um recurso renovável. Como exemplo, peixe e barco de pescas, regeneando
a si mesmo com um reforço de loop de
feedback. O recursos renováveis como
sol, vento ou água não são regenerados através de loop de reforço, mas por uma
entrada constante e continua.
Considerando o capital 20 anos, crescimento de 5% por ano, recurso sendo não renovável, assim
custará mais em termos de capital quando o recurso se torna escasso. Precisará
de barcos de pesca maiores para percorrer maiores distâncias, equipamentos como sonar afim de encontrar os cardumes de
peixes. Isso tudo exigirá mais capital. Três relações lineares afetam esse
modelo: peixes mais escassos são mais caros, taxa de regeneração dos peixes e
eficiência da tecnologia da pesca. Mesmo a indústria melhorando tecnologia para a pesca, o sistema só vai até mais um pouco
devido ao declínio da população de peixes. Nas economias com recursos
renováveis, a população mantém no potencial de subir os números.Nem sempre
acontece assim, numa colheita por exemplo a eficiência tecnológica tende a
levar os recursos a extinção. Fatores externos como poluição de peixes, erosão
nas florestas, poluição e até mesmo a falta de
diversidade genética torna os diversos tipos de recursos vulneráveis.
O resultado que realmente corre depende de duas coisas: limiar crítico além
do qual a capacidade da população de recursos de regenerar-se e a rapidez e eficácia do ciclo de feedback de
balanceamento(retarda o crescimento do capital como recurso). Se o feedbak for
rápido é capaz de impedir o crescimento do capital, se for lento o sistema apresenta oscilações.
Os limites renováveis e não renováveis de crescimento não permite o
cresimento perene do estoque mas apresentam restrições dinamicamente diferentes.
O segredo é conhecer quais estruturas contêm quais comportamentos latentes. Organizar as estruturas e condições para
reduzir a probabilidade de comportamentos destrutivos incentivando a possibilidade
de se ter benefícios.
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